
MANDUCA DA PRAIA
Contam os antigos, nas rodas de capoeira, nas quebradas do velho centro histórico do Rio de Janeiro que Manduca da Praia era conhecido e temido pela policia, e também pelos próprios capoeiristas. Dizem que ele era alto, forte e de barba e cabelos ruivos. Parece que viveu por volta de 1850. Manduca era contemporâneo de terríveis capoeiristas como por exemplo: Aleixo Açougueiro, Quebra Coco, Pedro Cobra, Bem-te-vi, Mamede e outros.
Contam que, desde cedo, ele já demonstrava agilidade saltando touros bravos, no uso do punhal, da navalha e da Petrópolis - uma comprida bengala de madeira de lei, companheira quase que inseparável de Manduca. Também sabia se defender, se fosse preciso, com socos, bandas e rasteiras. No entanto, se destacava dos outros pela sua frieza e da inteligência que possuía.
Manduca da Praia era um capoeira por sua conta própria. Naquela época a capoeira era muito perseguida pela polícia e para praticar a arte era mais seguro e racional fazer parte de alguma malta. As mais tradicionais eram a dos Nagos e dos Guaiamús, que eram as que comandavam o Rio de Janeiro naquela época. Porém, Manduca não queria fazer parte de nenhuma delas, pois isto poderia atrapalhar seus negócios. Ele possuía uma banca de peixe e era guarda-costas de pessoas ilustres, principalmente políticos.Devido a sua grande influencia na sociedade da época, respondeu a 27 processos por lesões corporais leves e graves, mas não foi punido por nenhum.
Um fato iria classificar Manduca definitivamente no cenário da capoeiragem da sua época. Certa vez chegou a corte do Império o deputado português de nome Santana, que gostava de desafios de briga de rua. Nesta atividade não haviam pontos e nem juízes, perdia aquele que fosse a lona ou pedisse arrego, sendo que o último era negado algumas vezes.
Manduca foi desafiado pelo deputado lusitano, e depois de um bravo combate, o capoeira carioca saiu vitorioso, deixando Santana abismado com tanta destreza. Após a luta sangrenta, os dois saíram abraçados e foram tomar champanhe se tornando grandes amigos.
Nosso personagem levou uma vida com certas regalias, pois a sua banca de peixe, era um negócio que lhe rendia bons lucros, além de seus serviços com a capoeira. Não houve um capadócio como Manduca da Praia, na corte do Império, nesta época. Assim contam os velhos mestres, nas quebradas do Rio antigo
Contam que, desde cedo, ele já demonstrava agilidade saltando touros bravos, no uso do punhal, da navalha e da Petrópolis - uma comprida bengala de madeira de lei, companheira quase que inseparável de Manduca. Também sabia se defender, se fosse preciso, com socos, bandas e rasteiras. No entanto, se destacava dos outros pela sua frieza e da inteligência que possuía.
Manduca da Praia era um capoeira por sua conta própria. Naquela época a capoeira era muito perseguida pela polícia e para praticar a arte era mais seguro e racional fazer parte de alguma malta. As mais tradicionais eram a dos Nagos e dos Guaiamús, que eram as que comandavam o Rio de Janeiro naquela época. Porém, Manduca não queria fazer parte de nenhuma delas, pois isto poderia atrapalhar seus negócios. Ele possuía uma banca de peixe e era guarda-costas de pessoas ilustres, principalmente políticos.Devido a sua grande influencia na sociedade da época, respondeu a 27 processos por lesões corporais leves e graves, mas não foi punido por nenhum.
Um fato iria classificar Manduca definitivamente no cenário da capoeiragem da sua época. Certa vez chegou a corte do Império o deputado português de nome Santana, que gostava de desafios de briga de rua. Nesta atividade não haviam pontos e nem juízes, perdia aquele que fosse a lona ou pedisse arrego, sendo que o último era negado algumas vezes.
Manduca foi desafiado pelo deputado lusitano, e depois de um bravo combate, o capoeira carioca saiu vitorioso, deixando Santana abismado com tanta destreza. Após a luta sangrenta, os dois saíram abraçados e foram tomar champanhe se tornando grandes amigos.
Nosso personagem levou uma vida com certas regalias, pois a sua banca de peixe, era um negócio que lhe rendia bons lucros, além de seus serviços com a capoeira. Não houve um capadócio como Manduca da Praia, na corte do Império, nesta época. Assim contam os velhos mestres, nas quebradas do Rio antigo